BMW sai da F1 no final de 2009

BMW está fora do Mundial de F.1

BMW está fora do Mundial de F.1

A notícia colheu o “circo” da Fórmula 1 com mais violência que a mola do Brawn BGP01 o capacete do infeliz Felipe Massa: a BMW decidiu abandonar a Fórmula 1 no final de 2009. A decisão, tomada pelo Conselho de Admnistração da marca bavara liderado por Norbert Reithofer, é irreversível e nem sequer contempla a cedência de motores a uma equipa privada.

“Foi uma decisão difícil para nós, mas é um passo decisivo olhando a estratégia de realinhamento que decidimos seguir” referiu Reithofer, alegando que “os recursos são menores e temos de os utilizar no desenvolvimento de novas tecnologias e projectos no campo da sustentabilidade.” A BMW fez saber, no entanto, que estará envolvida de forma significativa em outras disciplinas do desporto automóvel, nomeadamente as corridas de turismos e o todo-o-terreno.

Este abandono da BMW surge numa altura em que a equipa que a marca alemã comprou em 2005 (a estrutura de Peter Sauber) estava numa profunda crise de resultados, desorientada sob o caminho a seguir e com apenas uma vitória alcançada por Robert Kubica no GP do Canadá do ano passado e o mérito de ter lutado pelos dois título com o polaco.  Mas também na altura em que a FOTA, onde a BMW tanto se empenhou, tinha conseguido um Pacto da Concórdia com mais dinheiro para as equipas.

A desilusão de não ter ganho um título na F1 com uma equipa com o seu nome fica espelhada nas palavras de Klaus Drager, membro do conselho de admnistração. “Levamos apenas 3 anos a nos colocar no topo, infelizmente não conseguimos cumprir com as expectativas esta temporada.” Recoramos que o objetivo de Mario Thiesen, responsável pela equipa BMW-Sauber era vencer o campeonato do Mundo em três anos. Não o conseguiram e com a crise actual era imposível manter a equipa activa.

Fica agora por saber o que vai acontecer a força de trabalho e às modernas e sofisticadas instalações de Hinwill e aos engenheiros dedicados à F.1 em Munique. “Vamos estudar vários cenários e fazer o melhor para arranjar uma boa solução para este problema” referiu Drager, acrescentando que “estamos conscientes da responsabilidade social que pesa sobre os nossos ombros e vamos certamente resolver tudo da melhor maneira.”

A Fórmula 1 fica assim resumida a quatro construtores – Mercedes, Ferrari, Toyota  e Renault – mas no final de 2009 poderá ficar com apenas três se a Renault também abandonar. Depois de FIA e FOTA terem mergulhado a Fórmula 1 na sua pior crise  dos seus 60 anos de história, podemos estar assistir à vitória surda de Max Mosley que queria uma F.1 sem construtores.