Mercedes GP Petronas F1 apresentada

Com grande pompa e perante 600 pessoas – entre as quais 200 jornalistas – tendo como palco o Museu Mercedes em Estugarda, a Mercedes apresentou a sua equipa de Fórmula 1, os modernos flecha de prata que na temporada de 2010 serão pilotados por Michael Schumacher e Nico Rosberg. O MGP W01 foi mostrado, bem como a novas cores da equipa ex-Honda e ex-Brawn. Aliás, a Brawn ficará para sempre na história pois qual meteoro chegou à F1 venceu e desapareceu. Porém, Ross Brawn conseguiu levar a água ao seu moinho e depois do dinheiro da Honda, eis que o dinheiro da Mercedes, da Petronas e da aabar vão-lhe permitir tentar bater a concorrência uma vez mais. Aqui ficam as fotos da apresentação.

A F1 2009 acabou, viva a F1 2010 (ou não)!

A edição 2009 do  Mundial de F.1 terminou com Jenson Button campeão e a Brawn GP a vencer entre os construtores, duas estreias. Mas este foi o Mundial das polémicas, dos processos judiciais, da confusão e da má língua. Briatore evaporou-se – mas promete voltar e isso não são boas notícias – Max Mosley finalmente deixou a cadeira do poder, mas deixou ficar rasto com a ascenção à cadeira do “pequeno napoleão”Jean Todt, e com a desculpa da crise financeira, BMW e Toyota largaram o “barco” da F1 e a Renault só não fará o mesmo se a FIA os ameaçar ainda com o que sucedeu em Singapura o ano passado, pois a marca francesa passou sem castigo porque prometeu ficar mais algum tempo na F1. Enfum, um ano para esquecer – ou entao recordar como exemplo do que não se deve fazer – que aqui no CAR BLOG rematamos com um simples e singular cartoon feito pelo nosso amigo e colaborador Bruno Aguiar.

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Família Piquet “destroi” Flávio Briatore: italiano banido das competições FIA

piquetVSrenalt_2Dizem os brasileiros que não se pode “cutucar a onça com vara curta” e apesar da sua experiência, Flavio Briatore “entrou numa roubada”. Despediu o Nelson Piquet Jr. “esquecendo-se” do episódio de Singapura, acreditando que o brasileiro e o seu pai ficariam impávidos e serenos. Um erro que lhe custou o banimento da competição automóvel sancionada pela FIA. Nunca mais teremos Flavio Briatore na F.1 ou em qualquer outra disciplina, nem sequer pilotos ou equipas por si tuteladas ou propriedade. Com esta decisão, a FIA “esmaga” Briatore e “obriga” todos os pilotos e sócios em equipas e organizações desportivas ligadas ao automóvel a abandonarem Briatore.

Como se esperava, a dupla Nelson e Nelsinho Piquet não deixaram as coisas “de barato” e hipotecando o futuro na F.1 de Piquet Jr., os brasileiros arrasaram com Briatore, arrastando Pat Symonds. Apesar de sempre negar e de ameaçar com processos, a verdade é que à boa maneira dos mafiosos, Flavio Briatore sacou um coelho da cartola que salvou a Renault de uma época miserável e venceu em Singapura.

As penalizações foram muito à maneira da FIA e aqui o Max Mosley e seus pares ficaram com a faca e o queijo na mão, afastando de forma definitiva um homem incómodo para a F.1, atingindo duramente um dos melhores chefes de equipa (Pat Symonds) e afagando a cabeça à Renault ao castigá-la com pena suspensa durante dois anos para casos idênticos apenas. O que não é aceitável é a FIA oferecer imunidade a Nelson Piquet Jr. só porque foi o delator. Ora, diz o povo e com muita razão “tão ladrão é o que rouba como o que fica a ver” e neste caso o brasileiro bem pode pedir desculpas e mostrar-se arrependido que ninguém acredita nas lágrimas de crocodilo. Para salvar a pele, aceitou uma patifaria inqualificável ficando para sempre marcado na testa como um aldrabão. Bastava não aceitar as ordens e depois de ser despedido, fazer o mesmo. Provavelmente, nessa altura, toda a gente lhe iria elogiar o carácter. Assim, só receberá o desprezo dos seus pares e dos adeptos. Infelizmente, Nelson Piquet Jr. fez jus à fama do pai de irreverência e mau carácter, mas não teve arte e muito menos talento para seguir as pisadas do progenitor em termos de palmarés desportivo.

Um episódio que termina aqui, com muitos culpados condenados mas um “trapaceiro” ilibado por conveniência de uma FIA sedenta de vingança. Isto porque na cúpula máxima do desporto automóvel mundial reina o jugo dos mais fortes e o lema “quem não é por nós é contra nós!” É pena…

Num desenho feliz do nosso amigo e colaborador Bruno Aguiar (comentador Sport TV juntamente com José Manuel Costa do Campeonato Nascar) aqui deixamos um “cartoon” que explica de forma perfeita aquilo que a família Piquet fez a Briatore e à Renault.

Michael Schumacher está de volta

MichaelSchumacher1O sete vezes campeão do Mundo está de volta e desde logo a gerar polémica. Confesso que estas guerra de “alecrim e manjerona” já começam a enjoar. O Schumacher é, na verdade, o melhor piloto das últimas décadas, seja porque trabalhou mais que outros, seja pelo talento, seja porque soube rodear-se dos melhores.

O que me parece ridículo é a RedBull e a Toro Rosso – o dono e a voz do dono – juntamente com a Williams – que aproveita qualquer coisa para se colocar em bicos de pés e dizer que existe – recusarem deixar o alemão testar o carro. Seram treinos encapotados? Mas alguém acredita que aqueles testes em linha recta em Santa Pod e outros locais são apenas para fazer “check-up” aos carros? Haja decência!

Como não deixaram o Alguersuari testar, então o senhor Mateschitz faz birra e juntamente com o Sir Williams não deixam o Schumacher testar.

Muito me vou rir quando o alemao, com 40 anos, começar a dar cartas após duas ou três corridas. Não acreditem que o alemão faz isto de graça… Para aceitar voltar, sabe que pode ainda dar que falar e como até o F60 parece estar bem melhor, alguém tem dúvidas que o sete vezes campeão do Mundo faz chatear muita gente?

Para já quem ganha são as audiências e as pistas, pois quando se soube que Michael Schumacher voltaria à F.1 as buscas na internet subiram em flecha e os bilhetes para as corridas começaram a ser vendidos a outra cadência.

Todo este folclore é o cúmulo da hipocrisia e da patetice. Isto nos EUA nunca aconteceria e é por isso mesmo é que lá o líder da Nascar, por exemplo,já ganhou em prémios quase 5 milhões de dólares e não tem problemas em partilhar peças, carros e mecânicos com outros pilotos caso haja necessidade.

Só na F.1 é que coitadinhos dos senhores da RedBull, da Toro Rosso e da Williams não podem permitir um treino a um alemão que por acaso até foi sete vezes campeão do Mundo. Até parece que está tudo com medo do alemão, parado há três anos em termos de F.1…

BMW sai da F1 no final de 2009

BMW está fora do Mundial de F.1

BMW está fora do Mundial de F.1

A notícia colheu o “circo” da Fórmula 1 com mais violência que a mola do Brawn BGP01 o capacete do infeliz Felipe Massa: a BMW decidiu abandonar a Fórmula 1 no final de 2009. A decisão, tomada pelo Conselho de Admnistração da marca bavara liderado por Norbert Reithofer, é irreversível e nem sequer contempla a cedência de motores a uma equipa privada.

“Foi uma decisão difícil para nós, mas é um passo decisivo olhando a estratégia de realinhamento que decidimos seguir” referiu Reithofer, alegando que “os recursos são menores e temos de os utilizar no desenvolvimento de novas tecnologias e projectos no campo da sustentabilidade.” A BMW fez saber, no entanto, que estará envolvida de forma significativa em outras disciplinas do desporto automóvel, nomeadamente as corridas de turismos e o todo-o-terreno.

Este abandono da BMW surge numa altura em que a equipa que a marca alemã comprou em 2005 (a estrutura de Peter Sauber) estava numa profunda crise de resultados, desorientada sob o caminho a seguir e com apenas uma vitória alcançada por Robert Kubica no GP do Canadá do ano passado e o mérito de ter lutado pelos dois título com o polaco.  Mas também na altura em que a FOTA, onde a BMW tanto se empenhou, tinha conseguido um Pacto da Concórdia com mais dinheiro para as equipas.

A desilusão de não ter ganho um título na F1 com uma equipa com o seu nome fica espelhada nas palavras de Klaus Drager, membro do conselho de admnistração. “Levamos apenas 3 anos a nos colocar no topo, infelizmente não conseguimos cumprir com as expectativas esta temporada.” Recoramos que o objetivo de Mario Thiesen, responsável pela equipa BMW-Sauber era vencer o campeonato do Mundo em três anos. Não o conseguiram e com a crise actual era imposível manter a equipa activa.

Fica agora por saber o que vai acontecer a força de trabalho e às modernas e sofisticadas instalações de Hinwill e aos engenheiros dedicados à F.1 em Munique. “Vamos estudar vários cenários e fazer o melhor para arranjar uma boa solução para este problema” referiu Drager, acrescentando que “estamos conscientes da responsabilidade social que pesa sobre os nossos ombros e vamos certamente resolver tudo da melhor maneira.”

A Fórmula 1 fica assim resumida a quatro construtores – Mercedes, Ferrari, Toyota  e Renault – mas no final de 2009 poderá ficar com apenas três se a Renault também abandonar. Depois de FIA e FOTA terem mergulhado a Fórmula 1 na sua pior crise  dos seus 60 anos de história, podemos estar assistir à vitória surda de Max Mosley que queria uma F.1 sem construtores.