Audi TT RS: elevar o estatuto arrastando forte herança

HI090318A mais recente geração do Audi TT já tinha tudo para ser um desportivo de mão cheia, estatuto que consolidou depois de um primeiro andamento prejudicado por uma erro de projecto que fez alguns carros voar. Problema logo resolvido com um ESP e uma asa traseira mais ou menos deselegante.

Com a chegada da versão TT RS, a Audi eleva o estatuto do seu coupé/roadster dando-lhe argumentos que o podem colocar entre os desportivos de excelência a preços bem mais acessíveis.

Desenvolvido pela filial quattro GmbH, o TT RS possui, na casa das máquinas, imponente motor de cinco cilindros. Porquê cinco cilindros? Lembram-se do Audi Quattro? Tinha um excelente bloco de 5 cilindros e um barulhinho lindo de morrer. Ora, se a Audi diz que os motores com esta arquitectura fazem parte do ADN da marca, faz todo o sentido fazer voltar a um Audi desportivo um fogoso bloco com 5 pistões.

Com uma cilindrada de 2,5 litros, injecção directa FSI e um turbocompressor, debita nada menos que 340 CV e um binário de 450 Nm, estando, obviamente, ligado a um sistema de tracção integral quattro e uma caixa de seis velocidades. De notar que este motor tem uma potência específica de 137,1 CV/litro e o TT RS uma relação peso/potência de apenas 4,3 kg/CV. Abre o apetite, não abre?

Mas o Audi TT RS não se fica por aqui. O desportivo da casa de Ingolstadt chega aos 100 km/h em 4,6 segundos e tem como velocidade máxima de 280 km/h. Perdão, isso sem limitador, pois oficialmente fica-se pelos 250 Km/h. Mas a Audi já se refere a isso como mera formalidade pois a pedido dos clientes libertam o carro dessa amarra não legal, mas nascida de um acordo de cavalheiros. Quanto a consumos, diz a Audi que no ciclo combinado não vai além dos 9,2 litros por cada 100 quilómetros. Claro está que se quiser tirar a quintessência dos 340 CV as cifras vão para lá dos dois dígitos e pior que isso, para lá da segunda dezena…

Para conseguir ser um carro com comportamento irrepreensível, o TT RS surge mais baixo que os normais e tem como opção o excelente sistema de suspensão Audi Magnetic Ride com duas regulações: Confort e Sport.

As jantes de 18 polegadas são de série (umas de 20 polegadas seria o máximo!) e na travagem, a Audi não hesitou e colocou rotores de 370 mm à frente, mordidos por pinças de 4 pistões e atrás, discos com 310 mm. As maxilas estão pintadas de preto e têm gravado o símbolo RS.

O TT RS tem de série uma asa traseira fixa (para os que gostam menos de dar nas vistas – como se fosse possível com um TT… – podem adquirir uma asa amovível) e no equipamento de série encontramos bancos desportivos em pele/alcantara, volante em pele, inserções em alumínio escovado, manómetros de pressão do óleo e da sobrealimentação, sistema de ar condicionado automático com sistema de inclinação solar, sistema de som, faróis de xénon plus e no caso do Roadster, terá direito a uma capota com abertura automática e deflector de ar eléctrico.

O modelo já está disponível e custa 72.800 euros a versão Coupé e 76.900 euros o Roadster.

Como sabem não vamos poder ensaiar o Audi TT RS porque o CAR BLOG não merece estar na lista dos meios de comunicação social que têm acesso aos modelos para ensaio, mas fiquem tranquilos os nossos leitores e seguidores pois podemos ter a oportunidade de ensaiar o Audi TT RS em Espanha. Esteja atento.