Ford Fiesta 1.6 TDCi Econetic – Bela surpresa

Num primeiro olhar, este Fiesta Econetic seria mais uma aborrecida versão ecológica para ganhar nos impostos e tranquilizar as consciências ecológicas. Mas depois de muitos quilómetros, esta versão ecológica do Fiesta revelou-se uma bela surpresa e, contas feitas, o Econetic é uma óptima proposta.

A crise mundial fez despertar consciências e a busca dos benefícios fiscais para quem menos poluir acabou por ser pasto para a chama ecológica que alastrou vigorosamente sendo hoje quase impossível encontrar uma marca que não ofereça uma proposta eco qualquer coisa.

A Ford não escapa e na gama Fiesta propõe a variante Econetic. Custa menos de 20 mil euros (beneficiando de uma redução nos impostos orçada em 691,20 euros) e promete consumos de 3,7 litros e emissões de CO2 de apenas 98 g/km. Convirá desde já dizer que tem jantes de aço e o equipamento está baseado na versão Trend. Torceu o nariz? Olhe que é cedo…

Economia rima com vivacidade

A pergunta que todos já se colocaram é: mas afinal como é que o Fiesta fica assim tão económico? Apesar de não contar com o sistema “Start&Stop” – que também não faz falta nenhuma, pois só funciona em cidade e é um nada irritante – o FIesta Econetic conta com uma versão mais apurada do bloco 1.6 turbodiesel com 90 CV equipada com filtro de partículas. Mas o “truque” não acaba aqui. O Fiesta ECOnetic é mais baixo que os restantes modelos, os pára-choques são mais envolventes – o que permite baixar o Cx (coeficiente de atrito) para os 0,33 – a asa traseira é mais eficaz e os pneus são de baixo atrito montados em jantes de aço com tampões.

Tudo isto colocado na prática e em condições de homologação permite consumos de 3,7 litros e emissões de CO2 de 98 gr/km. Nas condições que todos nós encontramos no dia-a-dia, o FIesta Econetic não chega perto destes valores, nem mesmo com muito boa vontade. Porém, este Ford é muito económico pois sem preocupações nunca fomos além dos 6,2 litros de média e empenhando-nos para usar todos os recursos do Fiesta ECOnetic, conseguimos chegar a valores ligeiramente inferiores aos 5 litros.

O segredo está em utilizar bem a caixa de velocidades, que possui uma relação final mais longa, o mesmo acontecendo com a 4ª e 5ª marchas. Esta situação obriga-nos e ter alguma atenção nas ultrapassagens pois as recuperações de aceleração são lentas. O problema agudiza-se pelo facto do motor só oferecer um bom valor de binário a partir das 1700 rpm. Porém, se utilizar uma condução que privilegie levar o motor sempre às 2000 rpm, verá que não terá problemas de maior. Até porque este Fiesta ECOnetic não parece, mas anda tanto como a versão normal e é tão agradável como um Fiesta “normal”. Apenas o cuidado com a caixa mais longa, mas nem mesmo ai podemos dizer que esta versão económica seja desagradável.

E nem a utilização de pneus de baixo atrito e a redução da altura ao solo tornaram o Fiesta ECOnetic menos confortável. Antes pelo contrário! E em termos de eficácia de comportamento, nada a dizer pois estamos perante um veículo compacto do segmento B e não podemos exigir um comportamento desportivo. Foge de frente como é normal, mas sempre controlado e sem exigir nada do condutor, pois a direcção é sensível e a travagem é igualmente suficiente.

Bem sentados e com espaço – atrás as coisas são um bocadinho diferentes porque o espaço é menor embora caibam 3 pessoas sem grandes apertos – o Fiesta é um dos melhores modelos do segmento, oferecendo igualmente um estilo muito agradável e uma qualidade acima da média. Quanto ao equipamento, referir que a unidade ensaiada contava com alguns extras (bluetooth, 400 euros; vidros eléctricos atrás, 150 euros, sensores de chuva e luz, 200 euros) que levam o preço final para lá dos 20 mil euros. Ainda assim um preço muito interessante até pelo baixo consumo exibido, pela qualidade do comportamento e pela agradabilidade de condução. E não pense que o equipamento é espartano: ESP, airbags dianteiros, laterais e de joelhos para o condutor, rádio c/leitor de CD’s e MP3, fecho central de portas com comando, espelhos e vidros eléctricos (à frente). Acha mal tudo isto mais consumos abaixo dos 6 litros, por pouco mais de 20 mil euros? Nós não e recomendamos vivamente este Fiesta ECOnetic, uma verdadeira surpresa.

Características técnicas

Motor – 4 cil. 16V; 1560 c.c.; “common rail” c/turbo e intercooler; Potência (CV/rpm) – 90/4000; Binário (Nm/rpm) – 204/1750; Transmissão – Dianteira, caixa manual 5 vel.; Suspensão (fr./tr.) – Independente, McPherson/Eixo de torção; Travões (fr./tr.) – Discos vent./Discos; Comp./Larg./Alt. (mm) – 3950/1722/1481; Dist. entre eixos (mm) – 2489; Capacidade da mala (lt) – 295/979; Peso (kg) – 1044; Velocidade Máxima (km/h) – 175; Acel. 0-100 km/h (s) – 12,7; Consumo médio (l/100 km) – 3,7; Emissões CO2 (gr/km) – 98 (Categoria A); Preço – 19.415 Euros

Mercedes S400 Hybrid com isenção especial em Portugal

S 400 HYBRIDA Mercedes-Benz introduziu no mercado o primeiro automóvel híbrido equipado com uma bateria de iões de lítio – o S 400 HYBRID. Este modelo recebeu recentemente a homologação de veículo híbrido, sendo agora proposto em Portugal pelo valor de 99.640€, devido à isenção de 50% no ISV.

As recentes inovações tecnológicas efectuadas na engenharia de propulsão do S 400 HYBRID classificam-no como o “Campeão de CO2 na Classe de luxo”.Este é o modelo que apresenta o nível de emissões mais baixo do mundo, recebendo em Portugal a isenção especial de ISV, uma redução de cerca de 8 mil euros no valor final da viatura. O S 400 HYBRID passa a ser, assim, o modelo de entrada da gama do Classe S em Portugal.

Com um consumo de combustível optimizado e baixas emissões de CO2 (186-189 g/km), o S 400 HYBRID possui motor magnético-eléctrico de 20 Cv, caixa automática de 7 velocidades 7G-TRONIC especialmente configurada para o módulo híbrido, electrónica de comando e controlo, conversor voltaico e a bateria de iões de lítio de elevada capacidade.

O Mercedes-Benz S 400 HYBRID apresenta um motor V6 de 3,5 litros a gasolina.

A bateria que equipa o S 400 HYBRID apresenta importantes vantagens em relação às convencionais baterias de níquel/metal hídrico, com destaque para uma maior densidade de energia, uma maior eficiência eléctrica, dimensões mais compactas e baixo peso. Graças à sua montagem no compartimento do motor, a volumetria da mala e as generosas dimensões interiores mantêm-se inalteradas.

S 400 HYBRID